Já virei o chato! O pregador no deserto! Sendo assim, apenas notícias.

No dia 03/06, sexta passada, artigo da Bloomberg sobre alta do preço dos fretes para transporte para transporte de derivados na costa da Louisiana.

Hoje, 10/06, a Reuters traz artigo sobre a maior mineradora Indiana e mundial de carvão, abrindo licitação para compra internacional de carvão.

Como era de se esperar, Joe Biden coloca a culpa nas grandes empresas de petróleo e navegação, os grandes vilões da Transição Acelerada. Nunca é culpa dele, o Governo EUA só toma decisões que apoiam o consumidor/eleitor. Como sempre digo, o erro de diagnostico é impressionante e acham que o problema é de comunicação.

Essa é a situação, ocidente e oriente com posturas diferentes e alguém no meio ganhando rios de dinheiro com esses preços e demanda alta de combustíveis fósseis para geração de energia.

Mais uma pregação “desértica”:

“World cereal production, utilization, stocks, and trade all likely to contract in 2022/23”, FAO em 03/06/22.

“Looking forward to the 2022/23 season, early prospects for cereal production in 2022 point to a likely decrease, which would mark the first decline in four years. Based on the conditions of crops already in the ground and planting intentions for those yet to be sown, world cereal output is forecast to fall to 2 784 million tonnes (including rice in milled equivalent), which is down 16 million tonnes from the record output estimated for 2021. Among the major cereals, the largest decline is foreseen for maize, followed by wheat and rice. By contrast, global outturns of barley and sorghum will likely increase in 2022, to represent a partial rebound from the reduced level for barley in 2021 and the highest production level of sorghum since 2016.”

“FAO: produção global de grãos cairá em 2022 pela primeira vez em quatro anos”, Exame 09/06/22 (agradecimentos a Leonardo Assis)

“The FAO Cereal Price Index averaged 173.4 points in May, up 3.7 points (2.2 percent) from April and as much as 39.7 points (29.7 percent) above its May 2021 value. International wheat prices rose for a fourth consecutive month, up 5.6 percent in May, to average 56.2 percent above their value last year and only 11 percent below the record high reached in March 2008. The steep increase in wheat prices was in response to an export ban announced by India amidst concerns over crop conditions in several leading exporting countries, as well as reduced production prospects in Ukraine because of the war. By contrast, international coarse grain prices declined by 2.1 percent in May but remained 18.1 percent above their value a year ago.”

Semana negativa, apesar da reabertura dos portos chineses. O medo de uma recessão, mas forte começa a se materializar nos preços. Indiscutível o medo crescente, especialmente após o CPI de 10/06.

O Batic Dry e em especial o Baltic Capesize, devolveram boa parte da alta recente, mas seguindo a questão de Metais e Minérios, o medo da materialização de uma forte recessão já afeta os preços de forma mais sevara.

Petróleo (Brent) – Os contratos futuros de petróleo Brent caíram de mais de US$ 123 para US$ 121 na sexta-feira, com as expectativas de aumentos agressivos nas taxas do Fed crescendo depois que a inflação atingiu uma nova alta de quatro décadas, enquanto as preocupações com a demanda na China aumentaram a pressão. Os preços ao consumidor subiram inesperadamente 8,6% ano a ano em maio, o maior desde 1981, pressionando o Federal Reserve a manter as taxas de crescimento agressivas, ao mesmo tempo em que aumenta as preocupações sobre uma recessão futura. Xangai, na China, reimpôs novos bloqueios em várias áreas da cidade e prometeu uma rodada de testes em massa para milhões de moradores neste fim de semana.

Gás Natural (NG – USA) – Os investidores reagiram positivamente aos dados mais recentes da EIA, mostrando um aumento de armazenamento que estava principalmente de acordo com as previsões. Os contratos futuros de gás natural dos EUA estavam sendo negociados em torno de US$ 9,0/MMBtu, recuperando-se das baixas semanais de US$ 8/MMBtu. No início desta semana, os preços estavam sob pressão após uma explosão no terminal de exportação de petróleo e gás Freeport, no Texas, que deve manter o fornecimento de combustível preso no mercado doméstico em meio à crescente demanda mundial. Freeport recebe mais de 2 bilhões de pés cúbicos de gás por dia, representando cerca de 16% da capacidade de exportação de GNL dos EUA. Apesar disso, os preços subiram para uma alta de quase 14 anos acima de US$ 9,5/MMBtu esta semana, devido à demanda recorde de energia no Texas, uma queda na produção e um rali agressivo para o gás natural, enquanto a guerra da Rússia na Ucrânia leva os mercados de energia ao caos.

Gás Natural (TTF – EU) – Os contratos futuros de gás natural na UE estavam sendo negociados em torno de € 85 por megawatt-hora, acima da mínima de três meses de € 77 no início desta semana, quando uma explosão no terminal de exportação de petróleo e gás Freeport no Texas ameaçou interromper o fornecimento de combustível no mercado dos EUA. A restrição de oferta pegou os investidores desprevenidos em um momento em que a União Europeia já enfrentava a ameaça de escassez devido à escalada do conflito Rússia-Ucrânia. Os principais compradores europeus estão descobrindo como obter o gás de que precisam sem quebrar as sanções da UE à Rússia. De acordo com a MET International AG, uma organização comercial suíça, a demanda industrial por gás na Europa diminuiu cerca de 20% em relação aos níveis registrados quatro a cinco anos atrás.

Gás Natural (UK Natural Gas) – Depois que uma explosão no terminal de exportação de petróleo e gás de Freeport, no Texas, interrompeu o fornecimento mundial, os contratos de gás natural do Reino Unido ficaram relativamente estáveis em torno da marca de 150 pence-a-therm na sessão anterior. À medida que os principais compradores buscavam garantir opções de gás russo após a invasão da Ucrânia, a disponibilidade de gás natural liquefeito dos EUA tornou-se um elemento crítico do fornecimento de gás europeu nos últimos meses. A commodity deve cair pela primeira vez desde meados de maio.

Gasolina (Gasoline RBOB – USA) – Apoiado pela demanda sustentada e oferta mais apertada, os futuros de gasolina estavam sendo negociados a US$ 4,20 por galão, não muito longe de um recorde de US$ 4,33 atingido no início desta semana. Com a aproximação da temporada de pico nos Estados Unidos e na Europa, a demanda deve permanecer alta, com a EIA prevendo um aumento de quase 1% no consumo de gasolina nos EUA de abril a setembro deste ano. Ao mesmo tempo, a Agência Internacional de Energia prevê um aumento de 1,3% na demanda total este ano. Além disso, de acordo com as estatísticas mais recentes da EIA, os estoques de gasolina caíram 0,711 milhão de barris.

Carvão (Coal Newcastle) – Os futuros de carvão de Newcastle, referência para a maior região consumidora da Ásia, estabilizaram em US$ 400 por tonelada, quase US$ 35 abaixo de sua alta histórica, ajudados pela forte demanda contínua e um ambiente de mercado cada vez mais apertado. O aumento dos preços do gás natural na Europa e na Ásia no final de 2021 impulsionou o consumo de carvão, juntamente com o aumento da demanda por geração de energia devido ao retorno da atividade econômica após a depressão induzida pelo coronavírus. Além disso, a invasão da Ucrânia pela Rússia e sanções econômicas sem precedentes, como o embargo da União Européia às importações russas de petróleo e carvão, desorganizaram o mercado global de energia. Ao mesmo tempo, influenciou os fluxos comerciais, pois a UE e o Japão buscaram alternativas de abastecimento da Austrália, Colômbia, Indonésia, África do Sul e EUA. No entanto, o aumento da produção dos principais clientes China e Índia deve ajudar a aliviar a escassez de oferta mundial e, no longo prazo, preços mais baixos.

Uranio (Uranium) – Os futuros de urânio subiram acima de US$ 52 por libra-peso no início de junho, acima de uma baixa de três meses de US$ 46,7 em 24 de maio, devido ao aumento da demanda, preços mais altos de enriquecimento e previsões de que os fundos de urânio físico expandiriam sua atividade de compra. À medida que os casos de Covid diminuíram e os bloqueios nas grandes cidades foram reduzidos, esperava-se que a demanda da China, um grande produtor de energia nuclear, aumentasse. Pequim já afirmou que pretende construir 150 reatores adicionais até 2035, indicando que está apostando na energia nuclear como forma de reduzir as emissões de carbono. Simultaneamente, os temores persistentes sobre as sanções russas ao combustível nuclear foram amplificados depois que os membros da UE concordaram com um embargo à importação de petróleo, levando os operadores de usinas de energia a continuar buscando contratos com conversores de urânio ocidentais. A Rússia foi responsável por 43% do enriquecimento global de urânio em 2020, de longe a maior parcela de qualquer país.

Milho (Corn) – Os futuros de milho estavam sendo negociados em torno de US$ 7,6 por bushel, o nível mais alto em quase oito semanas e não muito longe de uma alta de quase dez anos de US$ 8,1 estabelecida em abril, em meio a novas preocupações sobre a oferta de grãos. Apesar dos esforços turcos para criar um corredor seguro para grãos retidos nos portos do Mar Negro, as negociações entre a Rússia e a Ucrânia, os dois maiores produtores globais de milho, não conseguiram retomar as exportações ucranianas. A Ucrânia alegou que a Rússia estava impondo termos onerosos, enquanto o Kremlin afirmou que o frete grátis dependia do levantamento das sanções. Enquanto isso, após anos de negociações, Pequim e Brasília finalizaram negociações vitais para iniciar as exportações de milho do Brasil para a China.

Trigo (Wheat) – Os futuros de trigo em Chicago caíram para US$ 10,5 o bushel, não muito longe de suas mínimas de sete semanas de US$ 10,3 e estendendo sua tendência tumultuada à medida que as preocupações com a escassez diminuíram e os investidores ficaram de olho nos desenvolvimentos diplomáticos sobre as possíveis exportações de grãos da Ucrânia. Melhores previsões meteorológicas na América do Norte e Europa impulsionaram as projeções de produção para a safra de verão, enquanto as boas condições de cultivo na Austrália elevaram as previsões de produção para níveis bem acima da média de 10 anos. As expectativas para a retomada das exportações da Ucrânia permaneceram baixas, no entanto, porque é improvável que o Ocidente flexibilize as sanções contra Moscou, que o Kremlin precisa para abrir corredores comerciais nos portos ucranianos do Mar Negro e do Mar de Azov. Desde que os embarques foram suspensos em 24 de fevereiro, espera-se que 22 milhões de toneladas de grãos ucranianos fiquem retidos nos silos do porto.

Soja (Soybeans) – Em junho, os futuros de soja de Chicago ultrapassaram US$ 17,7 por bushel, fechando perto da máxima histórica de US$ 18 estabelecida em 2012, em meio a sinais de forte demanda de grandes importadores e oferta limitada de produtores-chave. A China, o maior consumidor do mundo, pode aumentar os gastos à medida que sua economia reabre após anos de restrições. Enquanto isso, as inspeções de soja dos EUA ficaram aquém das previsões pela segunda semana consecutiva, implicando exportações mais fracas, enquanto a demanda por frete permaneceu forte. Somando-se às dificuldades, o aumento dos preços dos fertilizantes como resultado do conflito na Ucrânia pode prejudicar as projeções otimistas de produção dos principais produtores sul-americanos, como Brasil, Argentina e Paraguai. O Brasil, maior produtor de fertilizantes do mundo, importa 85% de seus fertilizantes, a maioria dos quais vem da Rússia.

Alumínio (Aluminum) – Os preços do alumínio vêm caindo desde o final de março, atingindo US$ 2.726 no início de junho, o nível mais baixo desde dezembro e uma queda de quase 29% em relação ao recorde do início de março, devido ao enfraquecimento da demanda e ao aumento da oferta. Após dois meses de bloqueios por coronavírus, a China está reabrindo gradualmente, mas não está claro se a economia poderá se recuperar totalmente. Ao mesmo tempo, a produção de alumínio da China atingiu um novo recorde em abril, com o afrouxamento das restrições às usinas, resultando no país ser um exportador líquido do metal, com vendas principalmente para a Europa. As fundições de alumínio na Europa, por outro lado, continuam a reduzir a produção devido ao aumento dos preços da energia, agravado pela invasão da Ucrânia pela Rússia.

Minério de Ferro (Iron Ore) – Os preços dos carregamentos de minério de ferro com teor de ferro de 63,5% para entrega em Tianjin subiram para a máxima de um mês de cerca de US$ 145 por tonelada, devido às melhores perspectivas de demanda no mercado de metais como resultado da flexibilização das restrições relacionadas ao coronavírus e promessas de mais estímulo na maior consumidora China. Do lado da oferta, os principais exportadores Austrália e Brasil parecem estar produzindo abaixo da capacidade, enquanto a Índia aumentou as tarifas de exportação de minério de ferro e intermediários de aço.

Cobre (Copper) – Os futuros de cobre atingiram uma baixa de US$ 4,4 por tonelada depois que a China, o principal consumidor, reimpôs os bloqueios COVID-19 em Xangai, reacendendo as preocupações com o declínio da demanda. Os preços já estavam sob pressão após a divulgação dos fracos resultados do PMI de serviços chineses no início deste mês, o que levantou preocupações sobre a desaceleração do desenvolvimento da segunda maior economia do mundo.

Toda sexta-feira a CFTC (Commodity Federal Trading Comission) divulga o mapa de todos os ativos negociados nos mercados futuros americanos. Vale ressaltar que essas posições se referem sempre a terça-feira da mesma semana.

Como disse na semana passada, volatilidade do WTI caindo, ainda mais forte essa semana, significando que o risco caiu. E curiosamente essa semana, Posições Liquidas Compradas de Produtores e Especuladores caíram juntas.

Semana curiosa! Os sinais são que os preços voltarão a tomar uma tendencia, mas nesse momento não me arrisco a dizer para onde, do ponto de vista técnico.

Pelo “pano de fundo”, diria que estamos prestes a ver um novo rally, sendo essa semana a da acumulação de preços.

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