Novamente a Carteira underperformou o Ibovespa, mas nesse mês foi mais forte,  em -4,09%, negativamente impactada pelo setor de saúde, Petrobrás e o hedge da BOVAP107. O hedge representou 50% da perda relativa ao Índice.

O setor de saúde segue pressionando a performance, mas o “troca troca” de indicados a nova administração da Petrobrás acabou influenciando, além é claro de PRIO3.

Acredito que a demora a respeito do resultado final da aquisição de Albacora e Albacora Leste, vencido pela PRIO3, pode estar influenciando sensivelmente a performance.

Este mês estaremos introduzindo um “apanhado” de valuations de mercado e comparando-os com os principais investimentos da Carteira.

A base serão múltiplos e não DCF, mas acredito que será mais fácil para visualizar o valor absoluto e relativo dos investimentos.

Em março, a carteira BRL manteve seu histórico de volatilidade menor que a do IBOV. Controlamos o Risco para que seja possível uma gestão ativa que permita uma probabilidade favorável de performance mais eficiente que a do IBOV, segundo nossas estratégias. A carteira performou 1,7% em janeiro, contra 6,6% do IBOV. Com as mudanças feitas, o beta da carteira permanece em 0,6 e as medidas de risco anualizadas tomando por base os últimos 21 dias, 6 meses, 12 e 24 meses estão dispostas abaixo.

Com base nos últimos 252 dias úteis, a medida do Value at Risk, medido com um 95% de certeza, nos dá uma perda potencial máxima diária de -1,54%, contra -2,0 do IBOV. Vale ressaltar que nos últimos meses as rentabilidades diárias da carteira BRL mantiveram-se dentro do VaR esperado, como foi mostrado nos relatórios anteriores.

Considerando agora o risco condizente com a performance histórica da carteira e as médias dos retornos diários ponderados dos ativos, nos últimos 252 dias, projetei 10.000 cenários possíveis para os próximos 6 meses, considerando uma distribuição de probabilidade normal. Dessas projeções, a mediana foi de uma variação positiva de 5,1% no período e a probabilidade de gerar valor nesse período é de 68%, como mostra o gráfico.

Nessa mesma curva, ainda temos 35% de probabilidade para obtermos retornos acima de 10% e 7,5% de probabilidade para perdas maiores do que 10%.

Analisando a ponderação do algoritmo divulgada mês passado, a carteira alternativa que tem a intenção de se mostrar mais eficiente que o IBOV, que apresenta os mesmos ativos que a BRL, mas que é ajustada uma vez só no mês, apresentou a seguinte ponderação e rentabilidade em março:

O prof. Gilberto Passos desenvolveu um algoritmo que torna os percentuais de alocação para os ativos da Carteira Recomendada automáticos, sendo rebalanceados mensalmente.

Isso faz parte de uma experiencia que estamos desenvolvendo na BRL para melhorar a eficiência da alocação com o objetivo de aumentar o retorno, via alocação num método quantitativo.

Se essa experiência se mostrar vencedora, o objetivo é usarmos esse algoritmo em nossa Carteira Recomendada, o que não possibilitará focar apenas na seleção dos melhores ativos.

A partir de abril compartilharemos a experencia e seus resultados com os seguidores da Carteira Recomendada.

Como sempre, um trabalho em progresso e assim esperamos encontrar uma “formula” que nos de mais liberdade.

Com essa ponderação, a rentabilidade chegou a 3,01% em março e com um risco anualizado de 13,9% contra uma rentabilidade de 6,1% do IBOV e um risco na mesma métrica de 20,9%. Seguindo a metodologia, os pesos calculados para o mês de abril, segundo o algoritmo é:

Vamos aguardar os próximos resultados da eficiência dessa carteira.

As ações em amarelo são as sugestões da Carteira e as em verde são pares estrangeiros relevantes para comparação.

Saúde: Realmente um equivoco em relação a preço de entrada, mas agora fica claro que em termos de múltiplos, não faz sentido sair de DASA3.

Setor Elétrico: O fundamento foi mais macro que micro. A melhora do cenário hídrica nacional deve beneficiar o setor como um todo. Sendo assim, EGIE3, não é barato, está em linha com a maioria dos pares locais, mas tem uma ganho relativo tremendo em ESG.

Financeiro: ITUB4 é de longe a melhor Governança (ESG) do setor e a alocação é mais setorial que individual. Memos fundamento de EGIE3, líder do setor com forte geração de caixa e dividendos.

O&G: Petrobras é a Cia do setor mais barata do mundo, não apenas do Brasil. A comparação com Exxon, Chevron e Saudi Aranco, em termos de P/L fala por si. Esse é o “tamanho” do desconto relativo a Governança futura da Cia. Observando os múltiplos de PRIO3, poderemos ter uma ideia do potencial de ganho em PETR4, mas ficar fora desse setor é estrategicamente impossível. O custo da transição energética será tão insuportável que veremos retrocessos em meio ambiente.

Agronegócio: Primeiro, o benchmark é Tyson Food e ponto final. Podemos ver em JBSS3 o efeito “desconto de Governança” atuando novamente. Já SMTO3, é uma Cia “redonda” no quesito ESG e tem um beneficio pouco comentado pelos analistas na alta dos preços do etanol local.

Petro Rio (PRIO3): O&G

Receita recorde no 4T21 de 1.7 bi um aumento de 89,3% em relação ao 4T20, muito em função do recorde de produção de 11 milhões de barris vendidos.

Além disso, houve uma considerável redução do lifting cost que ficou em U$$ 11,83, o menor já registrado. Isso aconteceu devido à conclusão do tieback entre o campo Polvo e Tubarão Martelo-10H, início da produção do poço TBMT-10H e retorno da produção do TBMT-8H e TBMT-2H.

Eu espero que a companhia continue, para o próximo trimestre, o forte crescimento em sua receita. Devido ao início das atividades de extração de 2 novos poços, além de uma conexão ao FPSO do campo de Frade, o que aumentará a eficiência da extração e redução do lifting cost.

A receita proveniente dos campos de Fradi e Polvo + TBMT foram responsáveis por quase toda a receita líquida da empresa em 2021. Cabe ressaltar que também há uma representatividade da produção de gás natural do campo Manati, contudo bem tímida se comparar com a produção de petróleo. É preciso considerar que o tieback entre Polvo e TBMT e o aumento do preço do Brent foram fundamentais para o crescimento da receita.

Houve um aumento dos custos que são representados principalmente por HSE, FPSO, operação e manutenção, pessoal, logística e compra para revenda. O principal aumento ficou por conta da explosão do preço do petróleo que alavancou os valores de compra de óleo para revenda.

Por outro lado, embora tenha ocorrido um aumento dos custos, a empresa tornou-se mais eficiente, pois no 4T21 eles representavam 40,8% da receita líquida, enquanto que no 4T20 esse percentual era de 60,8.

Seleção de Ativos – José Haddock Lobo – Administrador de Carteira CVM

Contato: https://t.me/wolkpicks1964  / jlobo@wolfpick.net

Risco  –  Prof. Gilberto Gil Passos – Prof. de Matemática do CEFET/RJ e Mestrado em Matemática UFRJ

Contato: gilbertogilfgp@gmail.com / https://www.linkedin.com/in/gilberto-gil-passos-9b903a149/

Ações Individuais – Leandro Vilar Luizi – CNPI

Contato : Vilarluizi.Leandro@gmail.com / https://www.linkedin.com/in/leandro-vilar-luizi-cea-97b579a0/

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